Podemos experimentar velhas e novas buscas de felicidade sem atentar a liberdade do outro. Somos uma espécie que devido à variedade se impossibilita ser único e coloca na industrialização de sua metáfora seu maior vício que segue como uma ciência exata.
Conviver com a morte me fez valorizar a vida, não proclamar sentimentos raros como o amor me fez buscar sua presença incansavelmente. Ser feio me tornou amável e me fez ver beleza em todas as rodoviárias, garimpos e hospitais públicos. Quando vejo a massa assimétrica exigir a beleza eu sonho viver num leprosário.
Não estou aqui para defender uma forma de ver as coisas e nem mesmo criticar quem não repousa o olhar onde tenho repousado,






 mas decidi que a corrupção é inerente ao humano e decidi desejar apenas saúde, que para alguns é questão de sorte.
Se dedicar artisticamente a linguagem do vício das paixões pode purificar os “pecados” e o “absurdo”. A razão disso é que nossas desgraças são baseadas em verdades. Somos uma raça que só pensa no ideal da beleza e alimentamos seu desejo com vergonha, medo e punição.
Por que é tão ofensivo ser ético respeitando suas inversões? O Natal é a exceção para que possamos esquecer nossas pequenas tiranias, inclusive a fábrica da felicidade.